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TEOGRAFIA, Encontrando as marcas que Deus deixou em sua história.

Atualizado: 3 de dez. de 2023



O que é teografia?

TEO = Deus

Grafia = escrita (a mão)


Teografia: é uma reflexão que pretende encontrar as "escritas de Deus na nossa história".


Busca perceber as marcas deixadas por Deus em nossa vida.



Essas "marcas" são como uma indicação da presença e da ação de Deus em nossa história.


A teografia é a maneira pela qual identificamos essas marcas e, por meio delas, propomos uma ressignificação em nossa existência. Procuramos, a partir das marcas deixadas por Jesus Cristo, dar novo sentido às nossas vidas.


Que marcas são estas? Como encontrá-las? Este é o propósito da teografia.

Chave metodológica:


Assim como toda reflexão teológica cristã, deve começar e terminar na Cruz de Jesus Cristo. A comunicação do amor de Deus Pai é a missão do filho-Deus Jesus Cristo.


Nesta reflexão partiremos deste fim, desta finalidade, porque não se pode adentrar nos recintos de nenhum dado revelado, nenhuma doutrina, ou uma “interpretação” bíblica, podem ser consideradas autenticamente cristã, abstendo-se dessa chave.


Se alguém se propõe a anunciar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, deve ter gravado no seu coração a imagem da cruz e, nela, a do Cristo crucificado.


Toda a história cristã, a bíblia, os dados revelados, a doutrina apontam para a história de um Deus que, sendo todo-poderoso, a todos nos criou e, mesmo quando nós nos afastamos dele, não fomos por ele abandonados, não fomos exterminados, não fomos aniquilados, não fomos considerados “servos ingratos e infiéis”.


Mas, antes, Deus aprouve nos resgatar para sua comunhão, a qual havíamos anteriormente perdidos pelo pecado e, durante uma longa trajetória, Deus nos falou por meio das inúmeras revelações aos profetas. Assim, toda mensagem que Deus deseja nos comunicar, se concretiza em Jesus Cristo, em sua cruz.


Fulton Sheen, em sua obra: Vida de Cristo, nos aponta um menino Jesus que, já ao nascer, a sombra da cruz pairava sobre aquele pequeno bebê. Na manjedoura. Desde a encarnação do menino Deus, a cruz já lhe é a prefiguração da morte no calvário.


O nosso resgate, à comunhão que havíamos anteriormente perdido pelo pecado, culminou na encarnação do filho de Deus, Jesus Cristo que, cumprindo sua missão de anunciar o amor do Pai em favor de todos, entregou-se por nós, em uma humilhante morte, morrendo numa cruz.


Um Deus, se fez homem, permitiu-se sofrer, permitiu-se ser crucificado e, sem descer da cruz, porque se quisesse, Ele poderia, ainda instantes antes de morrer, pediu perdão em favor dos homens, pediu perdão pelos que O haviam crucificado.


Essa cruz de Jesus Cristo, tanto lhe foi motivo de chacota, de humilhação, quanto de incomparáveis sofrimentos, tormentos e terríveis dores, mas, consideremos que, ainda mais relevante que todo aquele sofrimento suportado por Jesus, superabundou o amor que Ele demonstrou ao esvaziar-se e permitir ser crucificado.


A cruz significa o quanto Deus todo-poderoso, criador de todas as coisas, nos ama e o que Ele é capaz de fazer para conhecermos Seu amor. Para retornarmos à comunhão filial anteriormente perdida, por nossa culpa. Nossa máxima e única culpa.


A cruz é o símbolo eterno do amor infinito de Deus por seus filhos.



Princípios e fundamentos da teografia


Sagrada Escritura:


Seguem apenas alguns textos que falam claramente do amor de Deus:


1Pe 4, 8; Mat 22 37-39, Mc 12 30-31, Mat 5, 44, Lc 6,35;

Teologia Paulina: Rm 5, 8; Rm 6.23, Col. 2,9, Rom. 12,4, 1Cor 13 4-7, Col. 3, 14, Rm 8 38-39; Fil 1, 9-11

Teologia Joanina: Jo 8.12, Jo 8.36, Jo 21 Jo. 10,36, 1Jo 4,7-10; 1Jo 4 19-20, 1Jo 5, 3; 1Jo 3, 14-18; Jo 15, 13; Jo 3, 16; Jo 15, 9-10;


Magistério: (documentos oficiais da Igreja)

Deus Caritas Est;

Constituição Dogmática Dei Verbum;

Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium 5;

Constituição Pastoral Gaudium Et Spes 10 S.S;

Declaração Nostra Aetate 1;

Declaração Dignitatis Humanae 3,9,10 S.S;

Decreto Ad Gentes 3, 12;

Decreto Presbyterorum Ordinis 2;

Compêndio da Doutrina Social da Igreja Cap. 1

dentre outros….


Economia da Salvação:


Um Deus que se revela, caminha conosco, propõe uma comunhão universal consigo e com todos os povos.


Deus tanto nos amou, que nos concedeu a inédita capacidade de escolha, além dos nossos instintos animais, nos deu nossa liberdade (livre arbítrio). Essa mesma liberdade, foi a nossa ruína, mas sem a qual não poderíamos dizer que Deus nos ama.


Como poderíamos amar a um senhor que nos aprisiona?


Deus quis revelar-se, desejou revelar-se ao longo da história da humanidade, quis caminhar com sua criatura, a quem chamou de seus filhos. Este desejo sempre foi manifesto ao longo da história e, Deus sempre deixou “marcas” para que seu povo pudesse “notá-lo, encontrá-lo, compreendê-lo” e, livremente, corresponder ao Seu amor.


Doutro lado, nós homens, abandonamos este Deus e, inúmeras vezes, desprezamos este Deus. Esquecendo deste Deus, os homens chegaram a cultuar animais ao invés de Seu Criador. Mas, pacientemente, Deus tenta mostrar suas marcas em nossa história. Pacientemente, Deus desejou que o homem O reconhecesse e, assim, houvesse uma comunhão.


Deus, sendo Deus, poderia, de muitas outras formas, ter-se valido de sua potestade, de seu poder e onipresença, para, como castigo, ter exterminado todos os homens, mas, a história, a Economia da Salvação, a a revelação desse Deus, nos mostra que, em última síntese, Deus nunca desistiu de seus filhos, mas, antes, sempre procurou deixar “pistas” para que o povo pudesse regressar a Ele.


Uma prova de amor é que, esse desejo de reencontro manifestado por Deus, não o fez extinguir nossa liberdade, nossa capacidade de optar por corresponder, ou não, a este amor. Deus, poderia sim ter retirado essa “liberdade”, mas, optou por mantê-la, optou por deixar-nos escolher entre acolhê-Lo, ou desprezá-Lo.


Como poderia um Deus se fazer criatura, em benefício da própria criatura? Como pode ser possível esse “rebaixamento”?


Ao longo de nossa história temos tido acesso gratuito às graças de Deus, por meio de cada sacramento Ele se faz presente e se manifesta em nossa história. Ele continua a se revelar, a nos comunicar seu amor, a conviver conosco.


Por derradeiro, este Deus, tanto persistiu em restabelecer nossa convivência, nossa comunhão com Ele, que acabou por se fazer comida a suas criaturas. Sim, um Deus todo-poderoso, criador de todas as coisas, de todos os homens, um eterno Deus, desejou se fazer alimento a suas criaturas, desejou ser pão dos homens. Desejou ser consumido pelos homens, aqueles a quem tanto Ele amou, e a quem tanto desprezamos.


TEOGRAFIA - Na história da humanidade


Deus é o criador de todas as coisas, de toda humanidade e, por isso, nenhum povo há de ser considerado melhor, mais amado, querido, ou protegido por Deus em detrimento do sofrimento de outro povo. Essa verdade parece-me não caber no amor de Deus pelos homens.


Todos somos iguais, mas:

  1. Porque há tantas guerras?

  2. Porque determinado povo sofre com miséria e doenças?

  3. Porque tantos acidentes fatais repentinos?

  4. Porque uma criança nasce com uma doença incurável?

  5. Porque uma mãe morre deixando três filhos pequenos?


Todos somos iguais, mas porque há tanto sofrimento em nossa vida? Em nosso meio? Em nossa família?


Não iremos nos deter nessas respostas, pois, ao invés de questionarmos o “porquê” de tantas tragédias, iremos nos concentrar em “como” elas ocorrem.


O que eu, pessoalmente, posso fazer para mudar cada uma dessas realidades? Como posso contribuir para haver mais amor no mundo?


Deus criou todo o universo, os animais, o homem e a mulher, os colocou em um lugar perfeito onde havia a possibilidade de convívio, de comunhão com Deus, podíamos conversar com Deus, ver a Deus, ouvir os passos de Deus, este lugar realmente existiu, é conhecido como jardim do éden.


A convivência, a comunhão da criatura com seu criador, do homem com Deus, era o que tornava aquele "jardim" um verdadeiro paraíso.


Como esperança futura de, novamente, habitar no éden, ansiamos por chegar no céu e, novamente, conviver com Deus.


Na criação do homem, há o amor de Deus que não o deixou sozinho, não o desamparou e sempre o assistia.


Na liberdade que Deus nos destinou há muito amor, pois, esta liberdade os anjos e arcanjos não possuem. Pecamos gravemente e ele não nos exterminou, não nos condenou, como, ao contrário, havia feito anteriormente com lúcifer.


Ao longo da história da humanidade, em Abraão, e Isaac, e Jacó, em Moisés, e de tantos outros, Deus vem se manifestando e, claramente, insistindo em resgatar nossa comunhão com Ele. Deus sempre buscou restabelecer a comunhão perdida, apesar da nossa ignorância.


A dedicação exclusiva de Deus em nos resgatar é incontestável. Em verdade, sozinhos, jamais seríamos capazes de retornar ao convívio de Deus sem sua iniciativa de resgate.


No decurso de nossa história, não apenas ignoramos nosso criador e seus esforços de reencontro, como também adoramos deuses de mentira. Mesmo assim Deus não nos exterminou.


Ocorreram diversas batalhas entre as nações, mas Deus não exterminou os seres humanos, apesar de ter assistido a alguns de seus filhos matarem outros. Sofreu paciente a espera de um mundo onde o amor fosse sem medidas.


Se a humanidade não tivesse liberdade, não teríamos errado, mas, certamente, não há amor onde não há liberdade.

O preço do amor é a liberdade.


Essa mesma liberdade é a que moveu este Deus que tanto nos ama, a se esvaziar de sua condição de criador, para tornar-se criatura. Tornando-se criatura não se colocou acima dos reis da terra, mas poderia.


Sendo homem, não chamou para si todas as potestades do céu para adorá-lo e carregá-lo, em adoração, mas poderia.


Sentiu fome, sentiu sede, suou sangue, sentiu muitas dores e, humilhado numa cruz, muito ferido, dela não desceu, até ser morto. Mas poderia.


Um eterno Deus, deixou-se ser morto por miseráveis criaturas. Suas criaturas. As mesmas criaturas que Deus tanto havia feito para restabelecer um convívio de amor, foram as que O mataram.


Quem somos nós humanos, para merecer algo assim? O que somos para Deus? O que nossa existência significa para Deus?


Porque, ainda hoje, Jesus Cristo crucificado é motivo de loucura para tantos homens? Porque este amor ainda não é conhecido? Não é correspondido?



TEOGRAFIA - Na história pessoal


Introdução:


Os seguintes apontamentos pretendem provocar uma reflexão pessoal a respeito do encontro das marcas deixadas por Deus em nossa história. Assim sendo, esses exercícios podem e devem ser repetidos de tempos em tempos, uma vez que as particularidades da vida, o sentido da existência, pode e deve ser facilmente adaptável e modificado.


Outro ponto relevante é que não devemos nunca tentar mediar a dor, pois um mesmo fato, nas mesmas circunstâncias, geram sentimentos diferentes. A dor não pode ser relativizada. Assim como o homem é único, sua dor também o é.


Eu não sou minhas dores, o que molda minha personalidade são as atitudes que eu tomo em relação a tais dores. O que determina a trajetória de minha história, não é a existência, ou não, das dores, mas meu posicionamento diante delas.


Não tente “esquecer” seus problemas, amnésia não é a solução. Sempre poderemos encontrar uma nova perspectiva ao olhar estas dores e, nelas, encontrar um novo significado, um novo sentido.


Exercícios da Teografia pessoal:


De início, consideremos duas regras fundamentais:


Primeiro, em nossa história pessoal temos que considerar, um importantíssimo paradoxo:


  1. O quanto somos insignificantes perto desse Deus onipotente.

  2. O quanto somos amados por este mesmo Deus que nunca nos abandonou.


Segundo, precisamos responder, com sinceridade: Quem é Deus para mim? Todavia, esta resposta deve ser voltada à importância que Deus tem na minha vida e, não, à utilidade de Ele atender aos meus pedidos.


Após uma análise profunda e duradoura, dos pontos anteriores, passaremos a refletir sobre nossa vida, sobre cada momento vivido até aqui e sobre como a nossa história foi escrita.


Cada ser humano é um indivíduo único, irrepetível, com vida e história própria, com sentimentos próprios, com razões exclusivas. O homem é um ser frágil e mortal que, a cada dia, está mais próximo de seu fim. Nossa vida é, portanto, transitória, em comparação com o eterno, não somos um “sopro”. O que eterniza minha pessoa são minhas ações, as boas e, também, as más. Pensando nisso e, tendo sempre como “pano de fundo” a chave metodológica (a cruz de Cristo) responda:


  1. Diante desta singularidade, humana, como tenho conduzido minha vida? Possuo uma direção a seguir?

  2. O que faz de minha existência algo único?

  3. O que será deixado como legado de minha existência, após a morte?

  4. Fazendo memória (revivendo os sentimentos) de minha história, momentos bons e ruins, tenho consciência de que hoje, sou resultado desses acontecimentos?

  5. Cada acontecimento, cada decisão, me conduziu a um caminho. Onde eu estaria hoje, se minha história seguisse por caminhos diferentes?

  6. De que maneiras eu demonstro meu amor por outra pessoa?

  7. Quando foi a última vez que senti o amor de Jesus Cristo em minha vida?

  8. Identifique momentos que, por meio de minhas ações, outra pessoa pôde sentir o amor de Jesus Cristo na vida dela.

  9. Cada sofrimento e cada lágrima carregaram consigo uma dor única em minha trajetória. Mas, o que hoje simboliza para mim cada gota de lágrima derramada? Que lições posso extrair desses momentos?

  10. Você se considera uma pessoa que ama a Jesus Cristo? Quanto tempo (em minutos) você tem dedicado ao diálogo com Jesus durante um dia?

  11. Tenho a capacidade de enxergar Jesus Cristo na pessoa de meu irmão, no desconhecido, nos colegas de trabalho, no transporte, em minha família?

  12. Por meio de minhas ações, de minhas palavras, outros podem conhecer o amor de Jesus Cristo?


Amar como Jesus Cristo amou


Após refletir sua existência e em como sua própria história situa-se em sua vida, é importante compreender as pessoas ao seu redor. Agora, é hora de demonstrar compaixão para com todos.


Concluindo o exercício da teografia pessoal, você é convidado a ser um missionário de Jesus Cristo. Tudo que você aprendeu até agora, todo amor que você recebeu em Jesus Cristo, lhe fez perceber que Ele também ama seu irmão, então, ame-o igualmente. Veja, a proposta não é você amar seu irmão como Jesus te ama, a proposta é amá-lo como Jesus o ama.


A partir do momento em que você for capaz de amar, indiscriminadamente, todos à sua volta, quando todos verem em sua pessoa uma imagem de Jesus Cristo, sua vida, sua história, terá, sim, sido transformada pelo amor de Deus.


Tenha sempre em mente:


Eu sou uma peça muito importante para que o mundo conheça um pouco mais do amor de Jesus Cristo por todos os homens.


Quer saber mais sobre teografia, leiam estes livros:


Todos são, também, de minha autoria.



Esta obra nos apresenta um importante testemunho de pessoas que, por meio da teografia, das marcas deixadas por Deus em suas histórias, encontraram razões e forças para superarem suas dores e dificuldades em suas vidas. O encontro com o amor de Jesus Cristo irá transformar sua história. Perceba o quanto Jesus lhe carregou em seus ombros por toda sua vida. Teografia é o testemunho real que, encontrando as marcas de Deus em nossa vida, nossa história realmente irá mudar completamente.




Deus existe? Como pode um Deus que é criador de todas as coisas, se fazer uma de suas criaturas e, por amor a elas, permitir-se uma morte humilhante numa cruz e, ainda como prova de amor, dar-se em alimento a estas mesmas criaturas. Não é o cumprimento de preceitos, mas em corresponder ao amor de Deus é o que nos conduzirá a Ele. Havendo um único Deus, como pode um povo achar-se superior aos demais? Estas e outras questões você irá, conosco, partilhar nesta obra.


Missionários de Jesus Cristo, nos apresenta uma reflexão sobre como todos os cristãos devem portar-se para assumir, verdadeiramente, sua missão evangelizadora de promotores da paz, da justiça e do amor. Não pode jamais ser considerado um cristão, àquele que não se põe em ação missionária de discípulos de Jesus Cristo e, como Ele, ordenar sua vida ao amor a todos os homens. Amor que conduz a uma cruz.



Esta obra evangelizadora utiliza de uma cativante história de personagens fictícios num cenário que ocorre no sertão baiano, às margens da rodovia BR 242. Esta crônica nos conta a história de quatro jovens que, vencendo seus próprios medos e superando as dificuldades cotidianas, conseguiram tornar-se protagonistas de suas próprias histórias, influenciando a vida de toda uma cidade, a Lagoa do Ozim.






SAIBA MAIS SOBRE ESTES LIVROS:








Sobre o autor:

Jeverson Santana.

Bacharel em Teologia, Universidade Católica Dom Bosco. Pós-Graduação Especialização em Direito Matrimonial e Processual Canônico, Universidade Católica de Petrópolis. Pós-Graduação Especialização em Terapia Familiar Sistêmica - Faculdade Unyleya; Certificação Psicologia Positiva Aplicada CEPPA; Extensão, Aconselhamento Pastoral, Faculdades Claretiano; Extensão Instituições Gerais do Direito Canônico Faculdades Claretiano; 2019


Para conhecer melhor acesse: www.teografia.com jeversonsantana@gmail.com


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