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Jesus Cristo está voltando! Em 2024?

 

Jesus Cristo está voltando! Em 2024?
Jesus Cristo pensativo sobre sua volta.

Jesus Cristo está voltando! Em 2024?


Sim, certamente esta é uma afirmação que estamos acostumados a ouvir, em caráter futurístico. Mas, e se Ele viesse ainda em 2024? 


Esta afirmação não somente causa espanto e, lógico, incredulidade a muitas pessoas, mas, sobretudo, propõe uma reflexão perturbadora: Jesus seria novamente crucificado? E por quem?


Após a ruptura da convivência com Deus, o ser humano, em Adão e Eva, experimentou uma descontinuidade na relação Deus, o criador. Ora, no jardim, eles podiam ouvir os passos de Deus, ouvir a voz de Deus e, como se esconderam, também O poderiam vê-lo.

Gênesis 3:8-10:
“E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: ‘Onde estás?’ E ele disse: ‘Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.’”

Durante séculos, o homem caminhou pela terra e, sozinho, não poderia encontrar meios para retomar a convivência anteriormente perdida, a comunhão com Deus e, por isso, o chamamos de o paraíso, o Éden, o céu.


Perdido, o homem acabou por fabricar outros deuses e, com isso, se afastou sobremaneira do criador que, sem desistir de sua criatura, aguardava por seu retorno. Sim, Deus aguardou, porque caso contrário, seria muito óbvio o criador destruir a criatura defeituosa e ingrata e, caso desejasse, criasse outra colocando-a em seu lugar. Mas não o fez. Deus aguardou pelo regresso do homem.


A Bíblia nos relata no Antigo Testamento, a história de caminhada rumo ao reencontro desta terra prometida, a história de um povo que, diferentemente dos demais, busca ouvir este Deus criador e, procura restabelecer a aliança anteriormente perdida no Éden.


Este povo foi conhecido por ser o Povo Eleito, justamente porque aquele povo, que cultuava outros deuses e, estava determinado a encontrar a Terra Prometida e, a partir deste grupo de pessoas, Deus iria, ao longo da história, manifestar-se a toda humanidade. O povo era escolhido não para ser melhor, mas para ser canal da graça de Deus a toda humanidade.  


A história daquele Povo Eleito não foi fácil, ora, em toda terra havia uma grande diversidade de povos de crenças e de deuses a serem cultuados e, o culto a muitos daqueles deuses, eram impostos pelos governos, imperadores, reis, chefes dos campos, das comunidades ou, até mesmo da casta a que pertenciam os povos. Estes deuses eram representados com figuras mitológicas ou astros, ou, simplesmente, por uma escultura de pedra ou de madeira e não havia nada de anormal o fato de uma pessoa possuir diversas divindades e cultuasse ou não, qualquer uma delas.


Neste senário, surge a missão do povo eleito, a de apresenta uma proposta de crença em um único Deus, um Deus que não pode ser visto, não como os demais por meio de representações, o Deus criador de todas as coisas. Não fosse suficiente para que todos ficassem espantados, esta mesma proposta proibia o culto a qualquer outra divindade, ou mais, proibia o reconhecimento de qualquer ser como divindade, pois incorreria em sério crime de idolatria, punido com a morte.


Leia: Levítico 20)
Êxodo 20:3-5: O primeiro dos Dez Mandamentos proíbe a idolatria, instruindo: "Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás…"1.
Deuteronômio 27:15: “Maldito o homem que fizer imagem de escultura ou de fundição, abominação ao SENHOR, obra de artífice, e a puser em um lugar escondido. E todo o povo responderá, dizendo: Amém.”
Deuteronômio 4:15-19: Adverte contra a tentação de adorar o sol, a lua, as estrelas ou qualquer forma celestial.
Deuteronômio 13:6-9: Estabelece que se alguém tentar seduzir outro a adorar outros deuses, “não o consentirás, nem o ouvirás; nem o teu olho o poupará, nem terás compaixão dele, nem o encobrirás. Mas certamente o matarás…”

Estes preceitos e leis surgiram durante esta caminhada do povo eleito rumo a terra prometida, o retorno ao Éden. Diante de tantas leis e preceitos, o povo acabou se vendo em um verdadeiro ordenamento jurídico e, diante das dificuldades de interpretações e aplicações advindas deste ordenamento, houve a necessidade de instituir na sociedade, em seu meio, os chefes do povo, que eram pessoas sábias e estudiosas que ficaram incumbidas de resguardar a aplicação da lei. Da lei de Deus


Com o passar dos tempos estes chefes acabaram se distanciando do próprio povo, de suas necessidades humanas e da justiça social, em detrimento de salvaguardar a aplicabilidade da lei, bem como corresponderem à responsabilidade pelas orações, leituras e pregações. A religião acabara por ser institucionalizada.


Em suma, esses “chefes” eram os diretores espirituais do povo eleito. Os chefes da sinagoga.


Feito esta importante colocação do antigo testamento, passamos a chegada de Jesus Cristo.


O povo eleito já estava com suas “estradas endireitadas”, tal como era o desejo de Deus, e próprio da missão de João Batista, o último precursor deste “nivelamento” antes da chegada de Jesus Cristo. Pois o povo eleito havia sido “retirado” “escolhido” dentre os demais povos que idolatravam outros deuses e, portanto, eram pagãos, para serem como uma "luz" as nações.


Mateus 3:1-3:
“Naqueles dias, surgiu João Batista, pregando no deserto da Judeia. Ele dizia: ‘Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo’. Este é aquele que foi anunciado pelo profeta Isaías: ‘Voz do que clama no deserto: Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele’.”
Lucas 3:4-6:
“Uma voz clama: ‘No deserto preparem o caminho para o Senhor; façam no deserto um caminho reto para o nosso Deus’.” 

Com a chegada de Jesus, Deus veio habitar em nosso meio e, por meio de seu Filho unigênito, o caminho anteriormente perdido rumo a terra prometida, ao Éden, tornou-nos uma realidade muito próxima.

 

Sem Jesus Cristo, jamais teríamos novamente esta oportunidade de convivência com Deus, de intimidade com Deus. Sem Jesus as portas da terra prometida ainda estariam fechadas. Sem Jesus jamais encontraríamos o caminho de retorno ao Éden.


Durante séculos o povo eleito caminhou, buscou e desejou a tão sonhada terra prometida e, agora, poderiam novamente conviver com Deus, poderiam novamente vê-lo e ouvi-lo. Era chegada a hora do fim dos tempos, do fim da escravidão e da opressão. Enfim, após séculos de procura e espera, a terra prometida havia chegado.


Entretanto, Jesus Cristo foi condenado a morte, e morte numa cruz. Foi acusado de ser um blasfemador.


Quem crucificou Jesus Cristo: O povo eleito, por inveja. (Mateus 27:18)


Aquele mesmo povo eleitos para defenderem a lei, agora estavam contra o amor, a unidade, a justiça. Eles estavam com os olhos tão fixos no cumprimento da lei de Deus que não abriram seu coração para verem o próprio Deus pessoalmente no meio deles.


Pois bem, diante deste breve resumo da economia da salvação, lhes pergunto novamente:


Se Jesus Cristo chegasse aqui na terra este ano de 2024, ele seria condenado novamente?

Sim, eu acredito que sim. 


Seria condenado pelo mesmo povo que se identifica como cristão e que tem a bandeira de sua igreja, do seu grupo, da sua convicção, acima do amor e da mensagem de Jesus Cristo. A mensagem da cruz.


Ainda temos muita gente que se vê na condição de povo eleito e, por isso, suas leis estão acima de qualquer bem e, justamente por estarem nesta condição de “superioridade” não conseguem ver o Deus que se fez criança, que se fez um mísero humano, que lavou os pés dos discípulos, que se permitiu, por amor, morrer em uma cruz.


Precisamos acolher, de verdade, Jesus Cristo em nossos corações, porque, enquanto o procurarmos com os olhos nas entrelinhas das leis, preceitos e sacrifícios, iremos aprender tudo sobre muita coisa, menos sobre o amor de um Deus crucificado.


Certamente, a segunda vinda de Jesus Cristo, ele não seria novamente crucificado, mas, viria para julgar a toda humanidade, todavia, esta reflexão nos permite conhecer melhor nossa fé, nossa igreja, nossas atitudes. Afinal, a grande maioria dos cristãos se consideram "chefes da sinagoga".


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